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sexta-feira, 31 de março de 2017

53 ANOS DEPOIS



Um ótimo início de final de semana a todos !!!

Hoje é dia 31 de Março de 2017.

Esse Blog foi criado no dia 17 de Fevereiro de 2014, ano em que o Contra-Golpe Militar

completaria 50 anos no dia 31 de Março.


A pretensão dessa criação foi expor de forma didática, fatos baseados nos noticiários da

época, e a evolução do processo que culminou com a intervenção militar, comandada pelo

General Olímpio Mourão.

A partir desse 31 de Março de 1964, foram 21 anos de regime militar.

Atualmente, já estamos vivendo 32 anos de democracia.


Passamos por um período de Império, de Velha República, de ditadura nas décadas de 1930 e

1940, um processo de redemocratização na década de 1950, uma tentativa de instalação de

comunismo na  década de 1960, uma nova ditadura nos anos 1960, 1970 e parte dos anos

1980 e, por fim uma  redemocratização, a partir de 1985, até os dias de hoje.

Reiteradamente, existem inúmeras tentativas de se fazer com que o último período de governo

militar seja pulverizado de nossa história.

A história deve ser conhecida e não ignorada. Ignorar a história é perder a oportunidade 

de sedimentar a alma de uma nação.

Muitos alegam que 31 de Março de 1964 deve ser esquecido.

Nem precisa haver muito esforço. Isso já ocorre. Quem imagina o que aconteceu há 53 anos,

no Rio de Janeiro ???


Os japoneses têm dia e hora para lembrar-se do ataque a Hiroshima.

Existem diversos memoriais sobre o Holocausto na Europa, inclusive na Alemanha.

Memorial não se chama memorial por acaso.

Os portugueses se lembram da Revolução dos Cravos;

Os chilenos se lembram muito bem do período Pinochet e da derrubada de Anastacio Somoza;

Os argentinos bem se lembram como foram os anos comandados pelo General Videla, vide as

mães e atualmente as avós da Praça de Mayo;

Os espanhois se lembram dos duros anos sob a tutela de Franco;

Os americanos nunca mais se esquecerão do 11 de Setembro de 2001;


Os brasileiros, meu Deus,  não fazem ideia de sua própria história !!!


Poucos sabem, mas em 25 de Julho de 2016, o ex-prefeito Fernando Haddad sancionou um

projeto de lei, do vereador Eliseu Gabriel, que propunha a alteração do nome do "Minhocão",

região  central de São Paulo.

Esse viaduto, sempre conhecido como elevado Costa e Silva (nome do segundo presidente

militar), de 1967 a 1969, passa a ser chamado de elevado Presidente João Goulart.

Isso faz parte de um projeto de alterar o nome de 40 ruas e praças que recebem o nome de

personalidades ligadas ao regime militar.

Isso não me parece nada democrático, mas ...

Ou seja, apague-se a história.


O que mais se argumenta atualmente é que, nos "anos de chumbo", não havia liberdade de

expressão.  Argumento pobre, superficial e desprovido de sensatez.

Hoje há.

O que se faz com tal liberdade?



Para finalizar, compare os 21 anos de regime militar (1964 a 1985) com os 32 anos de

redemocratização (1985 a 2017) nos seguintes quesitos:

1. Saúde Pública;

2. Educação Pública;

3. Segurança Pública;

4. Produção Cultural (Música e Literatura);

5. Ferrovias;

6. Nível de corrupção;

7. Nível cultural de crianças e adolescentes;

8. Capacidade de Compra;

9. Índice de Desemprego;

10. Qualidade de Universidades Públicas.


sexta-feira, 27 de março de 2015

PONTE DA AMIZADE



A "Ponte da Amizade", será inaugurada hoje, pelos Presidentes Castello Branco, do Brasil e Alfredo Stroessner, do Paraguai, entre esses dois países, sobre o Rio Paraguai.

Durante a inauguração da ponte os dois Presidentes assinarão uma declaração conjunta que formalizará a utilização e isenção de visto entre os dois países.











Veja o Link da Capa do Jornal Folha de S.Paulo, do dia 27 de Março de 1965.

http://acervo.folha.com.br/fsp/1965/03/27/2/

sábado, 19 de abril de 2014

19 DE ABRIL - HOMENAGEM AO DIA DO EXÉRCITO BRASILEIRO



DIA DO EXÉRCITO BRASILEIRO  -  19 DE ABRIL
                                        
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5ª CIA DE COMUNICAÇÕES BLINDADA ( 5ª Cia Com ) DE CURITIBA - PR
 
5º BLOG DE CURITIBA-PR


 
 
 
 
 
 
 
 

 

19 de Abril de 1.964







Castello Branco nomeia Melo Batista Ministro da Marinha

 
Foi nomeado hoje, 19 de Abril, pelo Presidente da República, Humberto de Alencar Castello Branco, o Almirante Ernesto Melo Batista para o Ministério da Marinha.

Batista será o substituto do Almirante Augusto Rademaker. Nos meios militares, a substituição de Rademaker não significa mudanças na política interna da Marinha, mas esquema preparado para a consolidação da vitória do movimento de 31 de Março.

Aguarda-se ainda nova modificação nos quadros militares, desta vez abrangendo a Aeronáutica, com a substituição do atual Ministro, o Brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo.




Veja o Link do Jornal Folha de S.Paulo, de 19 de Abril de 1.964:

http://acervo.folha.com.br/fsp/1964/04/19/2//4449877


 

16 de Abril de 1.964



Na posse, Castello Branco diz que precisa da ajuda dos brasileiros.

No discurso de posse da Presidência, o Marechal Humberto de Alencar Castello Branco disse que " nunca um só homem precisou tanto da compreensão, do apoio e da ajuda de todos os seus concidadãos ".

O novo mandatário declarou-se cumpridor e defensor da Constituição, e presidente de todos os brasileiros, não o chefe de uma facção.

" O remédio para os malefícios da extrema esquerda não será o nascimento de uma direita reacionária, mas as reformas que se fizerem necessárias ".

" Nossa vocação é a liberdade democrática, governo da maioria com a colaboração e respeito das minorias ".



Veja o discurso da posse na íntegra:


DISCURSO DE POSSE DO MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELLO BRANCO,  NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM 15 DE ABRIL DE 1964.

 
 
 
 
Na singular significação desta solenidade cívica, e quando milhões de compatriotas nos animam com a sua confiança e as suas esperanças, desejo assegurar-vos que o juramento agora proferido perante os Augustos Representantes da Nação encerra muito mais do que a fórmula ritual: contém a reiteração de sentimentos e idéias que nos acompanham e inspiram desde os dias da juventude.

Defenderei e cumprirei com honra e lealdade a Constituição do Brasil, inclusive o Ato Institucional que a integra. Cumprirei e defenderei ambos com determinação, pois serei escravo das leis do país e permanecerei em vigília para que todos as observem com exação e zelo. Meu governo será o das leis, o das tradições e princípios morais e políticos que refletem a alma brasileira. O que vale dizer que será um governo firmemente voltado para o futuro, tanto é certo que um constante sentimento de progresso e aperfeiçoamento constitui a marca e também o sentido de nossa história política e social. Nem exagero ao dizer que nessa caminhada para o futuro deveremos nos empenhar com a paixão de uma cruzada, para a qual, com energia, e sobretudo, com o meu próprio exemplo, espero a adesão de todos os concidadãos a esse propósito, que será a garantia suprema de todos os homens e mulheres deste país.

Meu procedimento será o de um chefe de Estado sem tergiversações no processo para a eleição do brasileiro a quem entregarei o cargo a 31 de janeiro de 1966.

Sustentarei, com todas as forças, a união, a integridade e a independência desta Pátria, dentro e fora de seus limites territoriais. Não apenas a herança admirável da unidade nacional, mas a concórdia de todos os brasileiros. Serei o presidente de todos eles e não o chefe de uma facção.

A independência do Brasil constituirá o postulado básico da nossa política internacional. Todas as nações amigas contarão com a lealdade dos brasileiros, que honrarão os trabalhos e os pactos celebrados. Todas as nações democráticas livres serão nossos aliados, assim como os povos que quiserem ser livres pela democracia representativa contarão com o apoio do Brasil para a sua autodeterminação. As históricas alianças que nos ligam às Nações livres das Américas serão preservadas e fortalecidas.

Respeitaremos a independência dos países de todo o mundo nos seus negócios internos e exigiremos igual respeito nos nossos negócios, que não admitem a mínima interferência, por discreta e sutil que venha a manifestar-se.

Farei quanto em minhas mãos estiver para que se consolidem os ideais do movimento cívico da nação brasileira nestes dias memoráveis de abril, quando se levantou unida, esplêndida de coragem e decisão, para restaurar a democracia e libertá-la de quantas fraudes e distorções a tornavam irreconhecível. Não através de um golpe de Estado, mas por uma Revolução que, nascida nos lares, ampliada na opinião pública e nas instituições e decisivamente apoiada nas Forças Armadas, traduziu a firmeza das nossas convicções e a profundidade das nossas concepções de vida. Convicções e concepções que nos vêm do passado e deveremos transmitir aprimoradas às gerações futuras. Foi uma revolução a assegurar o progresso sem renegar o passado. Vimos, assim, a Nação, de pé, a reivindicar a sua liberdade e a sua vontade, que afinal, e nos termos previstos pela Constituição, se afirmou através do Congresso, legítimo representante dos ideais e aspirações do nosso povo.

Nossa vocação é a liberdade democrática, governo da maioria com a colaboração e respeito das minorias. Os cidadãos, dentre eles também em expressiva atitude as mulheres brasileiras, todos – civis e soldados – ergueram-se, num dos mais belos e unânimes impulsos de nossa história, contra a desvirtuação do regime.

Promoverei sem desânimo nem fadiga o bem-estar geral do Brasil. Não medirei sacrifícios para que esse bem-estar se eleve, tão depressa quanto racionalmente possível, a todos os brasileiros, e particularmente àqueles que mourejam e sofrem nas regiões menos desenvolvidas do país. A arrancada para o desenvolvimento econômico, pela elevação moral, educacional, material e política, há de ser o centro das preocupações do governo. Com esse objetivo, o Estado não será estorvo à iniciativa privada; sem prejuízo porém, de imperativo de justiça social devida ao trabalhador, fator indispensável à nossa prosperidade.

Até porque estou entre os que acreditam nos benefícios de uma constante evolução, capaz de integrar em melhores condições de vida um número cada vez maior de brasileiros, muitos deles infelizmente ainda afastados das conquistas da civilização.

Caminharemos para a frente, com a segurança de que o remédio para os malefícios da extrema esquerda não será o nascimento de uma direita reacionária, mas o das reformas que se fizerem necessárias.

Creio firmemente na compatibilidade do desenvolvimento com os processo democráticos, mas não creio em desenvolvimento à sombra da orgia inflacionária, ilusão e flagelo dos menos favorecidos pela fortuna. Inflação e atraso devem ser atacados já e já, e ninguém pode esperar destruí-los sem dar a sua parte no trabalho e no sacrifício, fonte única donde poderá fluir o bem-estar e a prosperidade de todos. Portanto, que cada um faça a sua parte e carregue a sua pedra nesta tarefa de soerguimento nacional. Cada operário e cada homem de empresa, estes principalmente, pois a eles lembrarei esta sentença de Ruy Barbosa: “É nas classes mais cultas e abastadas que devem ter seu ponto de partida as agitações regeneradoras. Demos

ao povo o exemplo e ele nos seguirá”.

Cumpram, pois, os brasileiros mais felizes ou mais dotados o seu dever para com a Nação e verão que o Brasil os imitará para a perenidade, glória e concórdia desta Pátria privilegiada.

Os votos dos Representantes da Nação, na escolha para a governar em hora difícil, valem, por certo, pela maior honra que o cidadão poderia receber. A mim, entretanto, proporciona, também, nítida idéia de grandeza da tarefa a que estarei obrigado para corresponder às esperanças da nacionalidade.

Direi que a minha humildade de toda uma vida cresce neste instante: - nunca um só homem precisou tanto da compreensão, do apoio e da ajuda de todos os seus concidadãos. Venham a mim os brasileiros, e eu irei com eles para, com o auxílio de Deus, e com serena confiança, buscarmos melhores dias nos horizontes do futuro.

 

Fonte: ANDRADE, Auro Moura. Um Congresso contra o arbítrio: diários e memória. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.



 

terça-feira, 15 de abril de 2014

15 de Abril de 1.964



Castello Branco, já Marechal, assume hoje a Presidência da República.





O Marechal Humberto de Alencar Castello Branco, assumirá na tarde de hoje a Presidência da República.

O Presidente, que era General quando foi eleito pelo Congresso Nacional, foi transferido para a reserva do Exército, passando ao posto de Marechal.

A sua chegada a Brasília está prevista para as 12h. A posse, perante o Congresso Nacional, está marcada para as 14h, quando Castello Branco assumirá o cargo em cerimônia diante do Palácio do Planalto.

A posse será assinalada, no país todo, por repique de sinos, apitos de fábricas, trens e navios e pela execução do Hino Nacional no rádio e na TV.


Veja Imagens:



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



Assista:

https://www.youtube.com/watch?v=Dc31zAS4YvY

https://www.youtube.com/watch?v=adACHO0p1i8





 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

11 de Abril de 1.964




Castello Branco eleito Presidente da República.





No dia 11 de Abril de 1.964, o General Humberto de Alencar Castello Branco foi eleito, de forma indireta, no Congresso Nacional, Presidente da República.

O senador Auro Soares de Moura Andrade anunciou que o General recebeu 361 votos, contra 3 de Juarez Távora, 2 de Eurico Gaspar Dutra e 72 abstenções.

Todos os partidos votaram em Castello Branco - o PTB, do ex-Presidente João Goulart, embora recomendasse a abstenção, definira que a votação era questão aberta.


O deputado José Maria Alkmin é eleito Vice-Presidente da República.





" Espero em Deus corresponder às esperanças de meus compatriotas nessa hora tão decisiva dos destinos do Brasil ", disse Castello Branco.


Veja o íntegra do discurso após a eleição no Congresso Nacional:



Presidência da República
Casa Civil
Secretaria de Administração
Diretoria de Gestão de Pessoas
Coordenação – Geral de Documentação e Informação
Coordenação de Biblioteca

 


Brasília, 11 de Abril de 1964.

 

 

ATRAVÉS DO RADIO E DA TV, SAUDANDO

O POVO BRASILEIRO, APÓS TER SIDO ELEITO

PRESIDENTE DA REPUBLICA PELO CONGRESSO

NACIONAL.

 

 

Minha eleição pelo Congresso Nacional, em expressiva votação, traduz, sobremaneira, o
 
pesado fardo das responsabilidades que sabia já haver assumido, ao aceitar a indicação de
 
minha candidatura à Presidência da República por forças políticas ponderáveis, sob a
 
liderança de vários governadores de Estado.

O calor da opinião pública, através de autênticas manifestações populares e de numerosas
 
entidades de classe, estimulou-me a essa atitude.

 Agora, espero em Deus corresponder às esperanças de meus compatriotas, nesta hora
 
tão decisiva dos destinos do Brasil, cumprindo plenamente os elevados objetivos do
 
movimento vitorioso de abril, no qual se irmanaram o Povo inteiro e as Forças Armadas,

na mesma aspiração de restaurar a legalidade, revigorar a democracia, restabelecer a paz
 
e promover o progresso e a justiça social.

Espero, também, em me ajudando o espírito de colaboração de todos os brasileiros e o
 
sentimento da gravidade da hora presente, possa entregar, ao iniciar-se o ano de 1966, ao
 
meu sucessor legitimamente eleito pelo Povo, em eleições livres, uma Nação coesa e ainda
 
mais confiante em seu futuro, a que não mais assaltem os temores e os angustiosos
 
problemas do momento atual.

 
Ao Congresso Nacional, com todo o meu respeito de brasileiro e de Presidente eleito da

República, apresento nesta oportunidade, de modo muito especial, as minhas saudações.

 



Veja o Link da Capa do Jornal Folha de S.Paulo, de 11 e 12 de Abril de 1.964:

http://acervo.folha.com.br/fsp/1964/04/11/2//4423434

http://acervo.folha.com.br/fsp/1964/04/12/2//4423587